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Foto do escritorEspiritismo Jovem

Amor à primeira vista (visão espírita)

Atualizado: 12 de jun. de 2019

1 - Existe o amor à primeira vista?

Salvo em circunstâncias especiais, de almas afins, que se reencontram

para gloriosas experiências em comum, o amor não é uma aquisição “à vista”.

Melhor que seja uma realização “a prazo”, desenvolvido e sustentado em

longos anos de experiência em comum.

2 - Mas não é freqüente as pessoas dizerem que logo no primeiro

contato encontraram o homem ou a mulher de suas vidas?

É possível, mas também muitos viram o parceiro de sua vida

transformar-se em tormento dela, culminando com a separação.

3 - Estavam equivocados?

Talvez existisse uma ligação efetiva, fruto de experiências em comum no

pretérito. Vieram para consolidá-la, mas a relação deteriorou-se com o tempo.

4 - Por isso costuma-se dizer que com o amor passamos o tempo e com o

tempo passa o amor?

O que passa é a paixão, o amor-desejo, o amor-deslumbramento. Alguns

quilos de sal consumidos em comum e as pessoas começam a sentir que o

parceiro não é tão desejável e nada deslumbrante.

5 - O que seria, então, o verdadeiro amor? Lembro-me da série famosa de

publicações ilustradas, sob o titulo “Amar é...”, envolvendo manifestações de

afeto recíprocas. Do homem para a mulher:

Amar é conversar com ela; amar é entender seus momentos difíceis; amar é

lembrar de seu aniversário; amar é acompanhá-la ao médico; amar é dar-lhe

um descanso na cozinha... São incontáveis as situações em que se enfatiza

algo que o amante faz pela amada ou vice-versa. Amar é isso - querer o bem

de alguém.

6 - Mesmo esse amor não se desgasta com o tempo?

Depende das pessoas. O amor é como uma planta que se não for bem

cuidada, morre. Muitos casais, unidos por legítimos laços de afetividade,

acabam vendo o amor fenecer por falta de cuidado e atenção.

7 - Por que isso acontece?

Porque as pessoas se envolvem muito com seus negócios, seus interesses

pessoais, suas paixões, e não deixam espaço para cultivar o amor.

8 - Não são as dificuldades de relacionamento que acabam por provocar as

tormentas do amor? As pessoas se amam muito mas, de repente, descobrem

que são muito diferentes.

O homem e a mulher se completam justamente porque são diferentes.

Pretender que tenham identidade plena de interesses e aptidões seria

contrariar a própria biologia. Se o amor for bem cultivado, com os defensivos

da compreensão, do respeito e da tolerância, não haverá espaço para as ervas

daninhas do desentendimento, que matam o amor.

(Livro Não Pise na Bola . Richard Simonetti)





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